RICHARD ORANGE DO “GUARDIAN”, EM
MALMO.
A Suécia está passando por
tamanha queda no número de prisioneiros, nos últimos dois anos, que as
autoridades da Justiça do país decidiram fechar quatro prisões e um centro de
detenção.
“Vimos um declínio extraordinário
no número de detentos”, disse Nils Oberg, diretor de Serviços Penitenciários do
país. “Agora temos a oportunidade de fechar parte de nossa infraestrutura”.
O número de presidiários na
Suécia, que vinha se reduzindo em cerca de 1% ao ano desde 2004, caiu 6% de
2011 para 2012 e deve registrar declínio semelhante em 2014.
Como resultado, o serviço
penitenciário fechou neste ano prisões nas cidades de Aby, Haja, Bashagen e
Kristianstad, duas das quais devem ser vendidas e as duas outras transferidas a
outras instituições governamentais para uso temporário.
Oberg declarou que, embora
ninguém saiba ao certo por que caiu tanto o número de detentos, ele acredita
que a abordagem liberal adotada pela Suécia quanto às prisões, com forte foco
na reabilitação de prisioneiros, tenha influenciado o resultado.
Os tribunais suecos vêm aplicando
sentenças mais lenientes a delitos relacionados às drogas, depois de uma
decisão do supremo tribunal do país em 2011, o que explica ao menos em parte a
queda súbita no número de novos presidiários.
De acordo com Oberg, em março
deste ano havia 200 pessoas a menos servindo sentenças por crimes relacionados
a drogas do que em março do ano passado.
Os serviços penitenciários suecos
preservarão a opção de reabrir duas das prisões desativadas caso o número de
detentos volte a subir.
Hanns Von Hofer, professor de
criminologia na Universidade de Estocolmo, disse que boa parte da queda no
número de detentos pode ser atribuída a uma recente mudança de política que
favorece regimes de liberdade vigiada em caso de pequenos roubos, delitos
relacionados a drogas e crimes violentos.
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