Deputados Roberto Costa (PMDB) e
Alexandre Almeida (PSD) vão denunciar Dino no Ministério PO presidente do
Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) e pré-candidato ao Governo do Estado
em 2014, Flávio Dino (PCdoB) será denunciado ao Ministério Público Eleitoral e
representado judicialmente por abuso do poder político, propaganda eleitoral
antecipada e uso da máquina pública para promoção pessoal. A ação é de autoria
dos deputados esta-duais Roberto Costa (PMDB) e Alexandre Almeida (PSD). Os
parlamentares também denunciarão Flávio Dino no Conselho de Ética do Governo
Federal.
Segundo as denúncias, Flávio Dino
tem se aproveitado da estrutura da Prefeitura de São Luís, comandada por seu
aliado Edivaldo Holanda Júnior (PTC), para promover a sua imagem e, assim,
levar vantagem no pleito eleitoral do próximo ano. Flávio também será
denunciado por usar a estrutura de empresas que prestam serviços para a
Embratur e que estariam bancando seus eventos, a exemplo dos chamados Diálogos
pelo Maranhão. Além disso, há veiculação de vídeos do chefão do comunismo em
emissoras de TV e áudio em rádios do interior do estado, o que caracteriza
propaganda eleitoral antecipada. O farto material juntado contra Flávio Dino
será entregue amanhã ao procurador Regis Richael.
No último sábado do mês de
agosto, Flávio Dino participou ao lado de Edivaldo Holanda Júnior da entrega de
kits a crianças de 60 escolinhas de futebol, que são atendidas pelo Projeto
Movimento e Resgate. A ação foi realizada no Estádio Nhozinho Santos. Flávio
fez a entrega de kits, tirou fotos com uma criança sob os seus ombros e próximo
ao material que estava sendo destinado às escolinhas.
Divulgação - Ele aparece como um
dos destaques do evento no material [release] distribuído aos veículos de
imprensa, pela Secretaria de Comunicação da Prefeitura de São Luís. O fato
chamou a atenção de deputados governistas por caracterizar o uso da máquina
para promoção pessoal. "Aquele era um evento da Prefeitura, mas Flávio
Dino participou como candidato, de uma forma declarada, inclusive entregando o
material esportivo e carregando criança. Ele se utiliza de toda a estrutura da
administração pública municipal para obter vantagem no processo eleitoral. É
uma conduta que fere a legislação, que vai de encontro à lei eleitoral",
afirmou.
Além das provas relacionadas à
entrega dos kits, Roberto Costa e Alexandre Almeida também denunciarão ao MPE,
à Justiça Eleitoral e ao Conselho de Ética do Governo Federal o uso da
estrutura funcional da Prefeitura de São Luís por Flávio Dino. Em evento
político realizado no dia 28 de agosto na cidade de Tuntum, Dino contou com a
proteção de seguranças de Edivaldo Júnior, pagos pela Prefeitura de São Luís.
"Precisamos ser coerentes
com os fatos. Luis Fernando está sendo questionado pela oposição por viajar
pelo interior do Maranhão para realizar o itinerante ao lado da governadora
Roseana Sarney. Mas ele é secretário, precisa por obrigação estar nos
municípios, inaugurar e lançar obras. Já Flávio Dino não exerce nenhuma função
na Prefeitura de São Luís. E o órgão que ele preside, a Embratur, não tem
afinidade alguma a esses movimentos políticos que ele promove. Portanto, não
resta dúvida de que há abuso do poder político em atos desta natureza",
afirmou Alexandre Almeida.Já em relação à propaganda eleitoral antecipada,
Roberto Costa afirmou que há denúncias de vídeos em emissoras de TV e áudio em
rádios no interior, que promovem a campanha do presidente da Embratur. "É
ato flagrante de propaganda eleitoral no período que é vedado pela Justiça
Eleitoral”, lembrou Costa.
Comunista já ocultou falta ao
trabalho
O deputado estadual Roberto Costa
lembrou que um dos pontos abordados na denúncia que será entregue amanhã ao
procurador Regis Richal, do Ministério Público Eleitoral, diz respeito à
suspeita de Flávio Dino ter fraudado no início de maio a sua agenda oficial no
site da Embratur. O caso foi denunciado por O Estado e ganhou fote repercussão.
De acordo com a denúncia, Flávio
pode ter alterado informações de sua agenda para revestir de legalidade as suas
saídas da capital federal, em dia de expediente para fazer campanha no
Maranhão.
Dados do Portal da Transparência
do Governo Federal apontaram que pelo menos em duas ocasiões o comunista
informou oficialmente estar em Brasília - "despachando internamente"
ou "lendo emails" -, quando, na verdade, estava em São Luís com
aliados políticos e em Matões cidade da prefeita Suely Pereira (PSB), mãe do
líder da oposição na Assembleia, Rubens Júnior (PCdoB).
A assessoria de comunicação da
Embratur, na ocasião, confirmou, via comunicado oficial enviado a O Estado, que
Flávio Dino não dava expediente em Brasília nos dias levantados pela
reportagem. A nota, no entanto, omitiu que o comunista passou por Matões e São
Luís.
Atos de Flávio Dino denunciados à
Justiça
- Participação ativa em atos do
prefeito Edivaldo Holanda Júnior, como no caso da entrega de kits esportivos a
crianças carentes
- Utilização de seguranças do
Palácio La Ravardière em atos políticos no interior do estado
- Veiculação de propaganda
eleitoral antecipada em rádio e TV em municípios do interior do estado
- Imagem vinculada a ações da
Prefeitura de São Luís
- Realização de atos políticos no
Maranhão em período que deve dar expediente na Embratur, em Brasília
- Tudo isso configura em abuso do
poder político, propaganda eleitoral antecipada e uso da máquina pública para
promoção pessoal
Mais
Partiu também da oposição a
denúncia de que Flávio Dino (PCdoB) tenta de tudo para eleger-se governador do
Maranhão em 2014.
O médico Igor Lago, filho do
ex-governador Jackson Lago, escreveu artigo no fim de semana passado para
criticar os atos do chefe do comunismo.
Em trecho Lago afirmou:
"Desde 2010 assistimos às ações de um mesmo grupo oposicionista no sentido
de hegemonizar-se, a qualquer custo, sobre as demais, e no eleitorado que
deseja a alternância política. Pior, esse mesmo grupo oposicionista tenta se
impor aos outros e a todos como a única solução, o único caminho, a única via
para se conquistar a alternância de poder no nosso estado.
Assim, optam pela estratégia de
um tosco salvacionismo, um barato messianismo com o ungido já "escolhido e
eleito".”
Fonte: JM
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