Empresa de Sete Lagoas (MG) tem interesse em adquirir a
Cosipar, que deve ter o parque industrial leiloado para pagar salários.
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Segundo o
Juiz, para que empresa volte a funcionar é necessário ter licenciamento
ambiental e fornecimento de matéria prima. “Por isso, trouxe esse assunto a
conhecimento do prefeito, porque parte dessas etapas passam pelo município”,
frisou o juiz. Segundo o Jonatas, pelas projeções do Ministério Público, a
dívida trabalhista hoje da Cosipar é de cerca de R$ 32 milhões. Na semana
passada a Siderúrgica do Pará (Sidepar), também com sede em Marabá,
foi suspensa esta semana do Pacto Nacional Pela Erradicação do Trabalho
Escravo, acordo que reúne algumas das principais empresas do País.
A decisão foi anunciada na tarde do mesmo dia pelo Comitê de Monitoramento do Pacto, sendo a suspensão resultado da libertação, em setembro, de 150 pessoas em condições análogas ao trabalho escravo produzindo carvão vegetal para a empresa. A libertação foi considerada recorde em 2012.
A decisão foi anunciada na tarde do mesmo dia pelo Comitê de Monitoramento do Pacto, sendo a suspensão resultado da libertação, em setembro, de 150 pessoas em condições análogas ao trabalho escravo produzindo carvão vegetal para a empresa. A libertação foi considerada recorde em 2012.
Durante a
vistoria em questão, o Grupo Móvel de Combate ao Trabalho Escravo encontrou não
apenas trabalho escravo, como também crimes ambientais e emissão de notas
fiscais falsas. A equipe relatou até ameaças de morte durante a operação. Ao
todo, foram lavrados 21 autos de infração pelos auditores fiscais do Ministério
do Trabalho e Emprego (MTE).
Os resgatados estavam em condições degradantes, trabalhando em 185 fornos irregulares em duas carvoarias, em local isolado de difícil acesso em Goianésia do Pará, a 180 quilômetros de Marabá.
Os resgatados estavam em condições degradantes, trabalhando em 185 fornos irregulares em duas carvoarias, em local isolado de difícil acesso em Goianésia do Pará, a 180 quilômetros de Marabá.
Entre os
150 libertados estavam vinte e uma mulheres e cinco adolescentes com idades
entre 16 e 18 anos. Todos moravam em instalações improvisadas com palha seca e
lonas plásticas, sem sanitários ou fossas sépticas, e usavam os córregos da
região para beber água ou tomar banho. “Não
esperávamos encontrar o que encontramos. Era uma situação totalmente atípica”,
afirma Ana Luísa Zorzenon, procuradora da 8ª região (PRT-8), do Ministério
Público do Trabalho (MPT), que participou da inspeção junto de cinco auditores
fiscais MTE e a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
“Nenhum deles era proprietário, eles eram posseiros que esperavam ganhar a terra por usucapião”, explica a procuradora Ana Luísa.
“Nenhum deles era proprietário, eles eram posseiros que esperavam ganhar a terra por usucapião”, explica a procuradora Ana Luísa.
A Sidepar
foi considerada a principal responsável pela situação dos trabalhadores pela
equipe de fiscalização. Segundo a assessoria da Sidepar, desde que
assinou Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público Federal
(MPF), a siderúrgica acompanha a cadeia produtiva do carvão que recebe, investe
em melhorias nas bases da produção e monitora os caminhões que chegam à usina
em Marabá.
Além da Sidepar, as empresas Cosipar e Ibérica também adquiriam carvão do grupo e têm que ser responsabilizadas, segundo o MPT. A procuradora Ana Luísa ajuizou ação civil pública e uma ação civil coletiva contra as três as empresas cobrando, respectivamente, R$ 14,5 milhões e R$ 7,5 milhões em indenizações por danos morais.
Além da Sidepar, as empresas Cosipar e Ibérica também adquiriam carvão do grupo e têm que ser responsabilizadas, segundo o MPT. A procuradora Ana Luísa ajuizou ação civil pública e uma ação civil coletiva contra as três as empresas cobrando, respectivamente, R$ 14,5 milhões e R$ 7,5 milhões em indenizações por danos morais.
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