A Procuradoria Geral da República
informou nesta quarta-feira (20) ter denunciado o deputado federal Wladimir Costa (SD-PA) e mais cinco
pessoas pelo crime de peculato por desvio de R$ 230 mil que deveriam ter sido
aplicados em atividades esportivas no Pará. A denúncia foi apresentada nesta
terça-feira (19) e, segundo a Procuradoria Geral da República, os acusados
desviaram recursos destinados à realização de aulas de canoagem em um instituto
no Pará. Segundo a Procuradoria Geral, os R$ 230 mil foram repassados ao
Instituto Nossa Senhora de Nazaré de Educação, Esporte e Lazer de Barcarena
(PA), por meio de um convênio com o Estado do Pará. Este convênio, diz a Procuradoria Geral da
República, via Secretaria de Educação, Esporte e Lazer, previa a realização de
aulas de canoagem no instituto, mas o projeto "nunca existiu". "De
acordo com as investigações, Wladimir Costa era o líder do esquema. Por sua
iniciativa, foi criado o Instituto Nossa Senhora de Nazaré, sob o pretexto do
desenvolvimento das aulas a jovens na praia do Caripi, em Barcarena (PA),
ocultando a verdadeira motivação de desviar recursos públicos", afirma o
Ministério Público Federal. Ainda de acordo com a Procuradoria Geral da
Repúbica, as investigações mostraram também que há fraudes relacionadas a
empresas que deveriam prestar serviços ao instituto para as aulas de canoagem.
A empresa contratada para fornecer motos aquáticas, por exemplo, "não
existe no endereço informado nos dados cadastrais", e a empresa contratada
para fornecer o material didático apresentou conteúdo "incompatível"
com aulas de canoagem. Na denúncia, segundo a Procuradoria Geral da República,
a procuradora-geral Raquel Dodge afirma ser "circunstancial"
acrescentar que entre 2007 e 2013 o único projeto "supostamente
desenvolvido" pelo Instituto Nossa Senhora de Nazaré foi o de canoagem. Também
nesta terça-feira, Wladimir Costa foi condenado à perda do mandato pelo
Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA) por abuso de poder econômico e
gastos ilícitos na campanha eleitoral de 2014. Como ele ainda pode recorrer,
não perderá o mandato.
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