Salas de aula sem lâmpada, sem
ventiladores, com goteiras e um telhado que compromete a segurança dos alunos.
Foi essa situação da Unidade de Educação Básica Governador Jackson Lago,
localizada no bairro da Cidade Operária, que o deputado estadual Wellington do
Curso (PP) encontrou na semana passada, após denúncias de pais de alunos e
professores. Tal situação foi discutida, na manhã de hoje (24), durante
audiência pública realizada na escola. A discussão foi promovida por meio do
projeto “De olho nas escolas” e contou com a presença de membros da Comissão de
Educação da OAB-MA, os advogados Joel Oliveira, Dênio Aquino e Adelmano
Benigno, que é o presidente; representante do Sindeducação, Nathália Karoline;
os conselheiros tutelares, Wilton Martins e Pedro Viana, além de professores e
estudantes.
Na ocasião, pais e alunos
mostraram-se indignados com o descaso por parte da Prefeitura de São Luís.
“Eu não entendo. Como é que
querem que as crianças sem alguma coisa na vida e eles deixam uma escola desse
jeito? Será se eles deixariam os filhos deles aqui? Nesse calor? Sem nenhuma
lâmpada, no escuro? Se os filhos deles não merecem isso, por que os nossos tem
que passar? Isso é humilhante”, desabafou Lourimar, mãe de um dos alunos.
Ainda sobre a situação, professores
questionaram também a parceria entre Governo do estado e Prefeitura, já que
nenhum dos dois nada faz.
“Eu sei que a escola aqui é
municipal, mas e aí? O Governador não falou de parceria? Parceria onde? Só se
for parceria pra abandonar a gente. Porque aqui falta até pincel. Quem compra é
a gente”, denunciou a Professora M.F.C.
Diante da situação, Wellington
afirmou que todas as denúncias e solicitações serão formalizadas na Assembleia
Legislativa, Ministério Público, Prefeitura e OAB-MA.
“O que resta saber é: para onde
foram os recursos da educação? A certeza que temos, após ouvir os relatos dos
alunos, pais e professores é que aqui não estão. Se estivessem, ao menos
lâmpada nós teríamos. Lâmpadas. Isso é pedir muito? Ventiladores. Cuidadores. A
escola tem alunos com deficiência e não tem sequer um atendimento
especializado. Os banheiros? Sem portas. Os vigilantes? Com salários atrasados
há 03 meses. Isso é compromisso com a educação? Todas essas denúncias serão
oficializadas junto ao Ministério Público, Assembleia Legislativa e OAB. Algo tem que ser feito!”, disse
Wellington.
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