O Brasil já soma 120 casos
confirmados de febre amarela, incluindo 47 mortes, segundo balanços atualizados
do Ministério da Saúde e das secretarias estaduais de Saúde de Minas Gerais e
de São Paulo, divulgados nesta segunda-feira (30). O número representa um
aumento de 19% em relação aos últimos dados disponíveis, de sexta-feira (27),
que apontavam 101 casos confirmados. Até agora, quatro Estados registram casos
suspeitos ou confirmados da doença: Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e São
Paulo. Na última semana, Goiás e Distrito Federal chegaram a notificar nove
casos suspeitos, mas as ocorrências foram descartadas para febre amarela após
exames.
Já outro caso suspeito, de um
paciente atendido em Santa Catarina e que teria vindo de Mato Grosso do Sul,
está em "reavaliação" sobre o local de origem, informa o ministério.
Desde o início de dezembro até esta segunda-feira, foram notificados 759 casos
suspeitos de febre amarela no País – destes, há ainda 639 em investigação, de
acordo com dados nacionais e das secretarias de Saúde de Minas Gerais e São
Paulo. Em São Paulo, novos dados divulgados pela secretaria de saúde mostram
que subiu para seis o número de mortes confirmadas por febre amarela no Estado.
Quatro delas, porém, são de
pacientes que adquiriram a doença em Minas Gerais. Há em análise ainda 17 casos
de pessoas que foram ou estão sendo tratadas por suspeita de febre amarela no
Estado – apenas quatro são do interior de São Paulo; as demais são de Minas
Gerais, Pará e Amazonas. Apesar do forte aumento de casos, todos os registros
ainda são de febre amarela silvestre, doença transmitida por um ciclo que
envolve macacos e mosquitos presentes nas áreas rurais, como o Haemagogus –
que, por sua vez, podem transmitir o vírus a pessoas não vacinadas. Não há
registro da versão urbana da doença desde 1942. O surto de 2017 já é o maior da
série histórica, divulgada pelo Ministério da Saúde desde 1980. O pico anterior
havia ocorrido em 2000, com 85 casos registrados.
O avanço recente de casos acendeu
um alerta entre autoridades de saúde e levou à adoção de medidas urgentes de
controle, como a intensificação da vacinação. Ao todo, já foram enviadas 7,5
milhões de doses extras da vacina para Estados onde há casos suspeitos da doença
e áreas próximas. Nos demais, a proteção é indicada em duas doses para pessoas
que vivem ou planejam viajar para áreas de recomendação da vacina no País. A
imunização não é indicada para gestantes, mulheres que estejam amamentando
crianças com até seis meses e pessoas com baixa imunidade (como pacientes em
tratamento com quimioterapia, por exemplo).
Sem comentários:
Enviar um comentário
obrigado pela sua participação grato
por sua visita!...e fique a vontade para opinar.