Líderes da indústria
brasileira do aço alertaram, no painel de encerramento da 35ª edição do
Congresso Aço Brasil, que o avanço das importações chinesas pode travar novos
investimentos no país. O evento foi realizado em São Paulo, nos dias 26 e 27 de
agosto, e reuniu 500 pessoas presencialmente para discutir cenário e desafios
do setor.
O debate trouxe análises estratégicas sobre o futuro da indústria do aço, destacando desafios, oportunidades e o papel central do setor para a economia brasileira. No Painel 5, Indústria do Aço: A Visão dos CEOs, o Congresso Aço Brasil 2025 contou com reflexões de grandes líderes do setor, incluindo Gustavo Werneck, Jorge Oliveira, Silvia Nascimento e Armin Andreas Wuzella.
Silvia Nascimento, Conselheira do Instituto Aço Brasil e Presidente da Aço Verde do Brasil, avaliou que preservar a capacidade produtiva nacional é o maior desafio. “Se a situação continuar a se deteriorar, corremos o risco de perdas irreversíveis. Precisamos de um plano que envolva medidas comerciais, políticas e industriais de curto, médio e longo prazo”, afirmou.
Em suas considerações sobre o tema, Silvia Nascimento (AVB) reforçou a importância de adotar estratégias ágeis para proteger a indústria nacional diante dos desafios do setor. Ela também destacou a necessidade de estruturar ações para ampliar o consumo de aço no país, passo fundamental para impulsionar o crescimento econômico e promover o desenvolvimento do Brasil.
Jorge Oliveira, Conselheiro do Instituto Aço Brasil, Presidente da ArcelorMittal Brasil e CEO da ArcelorMittal Aços Planos Latam, destacou que a perda de previsibilidade afeta diretamente a expansão. “O setor precisa de estabilidade para decidir onde e como investir. Os estoques mostram que a indústria já está pressionada pela entrada predatória de importados. Se não houver uma agenda clara de defesa comercial, novos projetos ficarão comprometidos”, disse.
Gustavo Werneck, Conselheiro do Instituto Aço Brasil e CEO da Gerdau, chamou a atenção para a dificuldade crescente de decidir sobre novos investimentos. “Esse debate não é só nosso, mas também de parceiros da cadeia, como o setor de sucata e nossos clientes. Toda decisão de alocar capital precisa estar acompanhada da expectativa de retorno. Sem previsibilidade, empresários começam a questionar se vale a pena continuar investindo no Brasil”.
Armin Andreas Wuzella, Conselheiro do Aço Brasil e Diretor-Presidente da Villares Metals, abordou os impactos nos segmentos de alta complexidade. “Mesmo em produtos sofisticados, temos visto aumento considerável de importações. A concorrência externa avança e, sem uma resposta estruturada e ágil, corremos o risco de enfraquecer o segmento premium da nossa indústria”, avaliou.
O painel foi moderado pelo Presidente Executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes. Os executivos avaliaram que o setor precisa comunicar de forma mais estratégica suas vantagens competitivas, como os aspectos ligados a sustentabilidade do aço nacional e o impacto econômico da cadeia do aço. Também houve consenso de que o futuro da indústria do aço no Brasil depende de previsibilidade regulatória, agilidade na adoção de medidas de defesa comercial e um ambiente favorável a investimentos de longo prazo.

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