Maior petrolífera do mundo, a Aramco quebrou
seu próprio recorde com um lucro de US$ 48,4 bilhões no segundo trimestre de
2022. Anunciada neste domingo, 14, a performance da empresa da Arábia Saudita
representa um aumento de 90% em relação ao mesmo período do ano passado. O
desempenho da Aramco no segundo trimestre foi influenciado pela oscilação do
petróleo no mercado internacional, em impacto direto da guerra entre Rússia e
Ucrânia — os russos estão entre os maiores produtores e exportadores do mundo,
com relação comercial íntima com a Europa Ocidental.
Os preços do petróleo já estavam subindo mesmo
antes da guerra na Ucrânia, quando as economias começaram a se recuperar da
pandemia de Covid-19 e a demanda superou a oferta. De acordo com a agência
Bloomberg, os números da empresa petrolífera saudita representam “o maior lucro
trimestral ajustado de qualquer empresa listada (presente em bolsas de
valores)”.
O resultado divulgado neste domingo também é o
segundo recorde trimestral consecutivo alcançado pela Aramco, depois de ter
atingido um lucro líquido de US$ 39 bilhões entre janeiro e março. Em março, a
petrolífera saudita chegou a superar a norte-americana Apple como a empresa
mais valiosa do mundo, mas pouco depois foi superada pela companhia de tecnologia
e voltou para o segundo lugar.
Outros dos maiores produtores de petróleo do
mundo, incluindo ExxonMobil, Chevron e BP, também registraram lucros
significativos neste ano, levando a crescentes pedidos aos governos para impor
novas políticas tributárias para o setor, diante de um aumento alarmante do
custo de vida nas principais nações desenvolvidas. Em junho passado, o
presidente dos Estados Unidos Joe Biden afirmou que a Exxon havia ganhado “mais
dinheiro do que Deus este ano”.
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