Uma pequena amostra de DNA contida na saliva pode ajudar os
médicos a identificar homens mais propensos a ter câncer de próstata.
Alguns médicos começaram a fazer
um exame simples de saliva para identificar a proporção de 10% dos homens com
maior risco de ter câncer de próstata. Segundo as estatísticas, um em cada oito
homens terá câncer de próstata em algum momento de sua vida. De acordo com
dados do Instituto de Pesquisa do Câncer do Reino Unido (ICR), a doença é uma
das formas mais comuns de câncer entre homens mais velhos e de descendência
africana e caribenha, assim como de homens com um histórico familiar da doença.
O novo método de detecção da doença originou-se de um exame de saliva. Após a
coleta do material, os cientistas do ICR analisaram mais de 150 marcadores de
DNA para identificar os pacientes com mais probabilidade de desenvolver a
doença. Os pesquisadores elaboraram o teste a partir de um grande estudo
genético sobre o câncer de próstata, que descobriu 63 genes ligados à doença.
Em seguida, os pesquisadores acrescentaram outros 100 marcadores de DNA já
estudados em pesquisas anteriores para concluir o estudo. O novo exame já está
sendo realizado em fase de testes em alguns hospitais por clínicos gerais. O
objetivo é reduzir os casos da doença em homens que pertencem a grupos de
risco, como os de alto risco genético. “O que mais nos entusiasma é o fato de o
teste permitir a identificação de homens mais propensos a contrair a doença.
Com base em seus resultados é possível prescrever exames mais específicos, como
exames de ressonância magnética e biópsias”, disse Rosalind Eeles, geneticista
do ICR. No Reino Unido, 47 mil homens contraem a doença e 11 mil morrem todos
os anos. A genética é um fator de extrema importância e um homem com um
histórico familiar de câncer de próstata com parentes próximos, como pai e
irmão, tem o dobro de probabilidade de desenvolver a doença. Os resultados da
pesquisa relatados na revista científica Nature Genetics referem-se a apenas
28% do risco hereditário do câncer de próstata. Outras variantes genéticas
podem ser consequência de mutações raras, ou de sequências de DNA com um
impacto insignificante na doença. No entanto, mesmo com tantas informações
ainda a descobrir, os cientistas do ICR estão decididos a aplicar o teste para
detectar o maior número possível de homens mais suscetíveis à doença. “Essa
pesquisa pode ajudar os homens a entender as implicações da genética no câncer
de próstata e, assim, a ter outro tipo de diálogo com os médicos sobre a
doença”, disse Iain Frame, diretor de pesquisa do Institute Prostate Cancer UK.
“Os novos testes diagnósticos são essenciais para detectar a doença em seu
estágio inicial e estamos desenvolvendo pesquisas para aperfeiçoá-los”.
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