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Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas; mas aquele que Glórias gloriam-se nisto: que ele entende e me conhece, que eu sou o Senhor que exerço bondade, justiça e retidão na terra, porque nestas coisas me agrado, diz o Senhor. (Jeremias" 9: 22-23).

O SIGNIFICADO DA VIDA

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

ALERTA CLIMÁTICO: Será o último este segundo aviso à humanidade?


Vinte e cinco anos depois da 'Advertência dos cientistas do mundo à humanidade', um novo alerta, dado nesta segunda, tem um quê de ultimato.

Mais de 15 mil cientistas de quase 200 países assinaram o alerta climático.
Foi como o anúncio de mais uma entre tantas refilmagens de sucessos de anos e anos atrás, ou sequência de franquia de ficção científica retomada décadas depois do auge da febre do gênero, para atender ao clima de revival dos anos 80, início dos 90, tão em voga em hoje em dia, talvez como ilusória válvula de escape para esses tempos aziagos, de exacerbação das ameaças à civilização, como o “neo-assanhamento” fascista e o rufar dos tambores nucleares. O problema é que, em matéria mesmo de biosfera, o alerta com cara de ultimato que a humanidade acaba de receber, nesta segunda-feira, 13, com cara de sexta, não é coisa de cinema catástrofe, tornando ainda mais sufocante, e sem escapatória que não seja a ação, o fardo do indicativo presente.
“Advertência dos cientistas do mundo à humanidade: um segundo aviso”. Esse é o título de um artigo publicado nesta segunda na prestigiada revista BioScience por mais de 15 mil signatários de 184 países. O documento, sucinto, mas fundamentado em dados de agências governamentais, organizações sem fins lucrativos e pesquisadores independentes, traz a constatação de que “a humanidade fracassou em fazer progressos suficientes” para reverter nada menos que “a tendência ao colapso da biodiversidade”.
O aviso é o segundo porque a primeira “Advertência dos cientistas do mundo à humanidade” foi feita exatamente 25 anos atrás, quando 1.500 cientistas, incluindo muitos dos laureados com o prêmio Nobel nas ciências, “descreviam como estávamos rapidamente nos aproximando de muitos dos limites do que o planeta pode tolerar sem danos substanciais e irreversíveis”, e “imploravam” por ações que fossem tomadas a tempo. Agora, no “segundo aviso”, um número dez vezes maior de cientistas avalia assim como foi a “resposta humana”:
“Desde 1992, com exceção da estabilização da camada de ozônio estratosférico, a humanidade fracassou em fazer progressos suficientes na resolução geral desses desafios ambientais anunciados, sendo que a maioria deles está piorando de forma alarmante. Especialmente perturbadora é a trajetória atual das mudanças climáticas potencialmente catastróficas, devidas ao aumento dos gases de efeito estufa (GEE) emitidos pela queima de combustíveis fósseis, desmatamento e produção agropecuária – particularmente do gado ruminante para consumo de carne. Além disso, desencadeamos um evento de extinção em massa, o sexto em cerca de 540 milhões de anos, no âmbito do qual muitas formas de vida atuais podem ser aniquiladas ou, ao menos, condenadas à extinção até o final deste século”.
‘Estabilizar a população humana’
Por outro lado, o “segundo alerta” mostra que nem tudo são espinhos: se por um lado está mais curta, hoje do que há 25 anos, a distância para o ponto irreversível, por outro lado há sinais de que a humanidade pode, sim, ser capaz de garantir a existência das futuras gerações. Entre esses sinais, além do rápido declínio da emissão de substâncias que destroem a camada de ozônio, estão, por exemplo, o rápido crescimento do setor de energia renovável, o declínio das taxas de desmatamento em várias regiões do globo e, em outras tantas, a diminuição da taxa de fecundidade.
“Estabilizar a população humana” é um ponto em que os signatários do documento insistem bastante, dizem que é necessário melhorar, e muito, “garantindo que as mulheres e os homens tenham acesso à educação e a serviços de planejamento familiar voluntário, especialmente onde tais serviços ainda não estão disponíveis”.
O artigo enumera ainda vários outros “passos diversos e efetivos que a humanidade pode dar para uma transição em direção à sustentabilidade”, desde “promover transições na dieta na direção, sobretudo, de uma alimentação à base de plantas” até “renaturalizar regiões com espécies nativas, especialmente predadores do ápice da pirâmide alimentar, para restaurar processos e dinâmicas ecológicas”, passando pelo fim dos subsídios à produção de energia através de combustíveis fósseis e voltando a ela, a redução da taxa de fecundidade: “estimar um tamanho de população humana cientificamente defensável e sustentável a longo prazo, reunindo nações e líderes para apoiar esse objetivo vital”.
Os signatários do “segundo aviso”, porém, parecem não esperar que essas iniciativas partam, com a radicalidade que se impõe, dos mais importantes líderes mundiais. Não espontaneamente; não em um momento em que o presidente do país mais industrializado desse planeta agonizante trata o aquecimento global como “fake news”:

“Dado que a maioria dos líderes políticos é sensível à pressão, os cientistas, os formadores de opinião nas mídias e os cidadãos em geral devem insistir para que seus governos tomem medidas imediatas, como um imperativo moral em relação às gerações atuais e futuras da vida humana e de outras espécies.  Com uma vaga de esforços organizados e popularmente embasados, é possível vencer oposições obstinadas e obrigar os líderes políticos a fazer o que é certo. Também é hora de reexaminar e mudar nossos comportamentos individuais, incluindo a limitação de nossa própria reprodução (idealmente, o nível de reposição no máximo) e diminuir drasticamente nosso consumo per capita de combustíveis fósseis, de carne e de outros recursos”.

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