Michel Temer se esforça para
atender demandas das bancadas conhecidas como 'boi, bala e bíblia' na semana
que decidirá o futuro da denúncia contra ele na Câmara.
Nesta quarta-feira, 02 de
agosto/2017, a Câmara decidirá se a denúncia contra o presidente Michel Temer
vai ser barrada ou não. Neste período de convencimento, Temer vem usando uma
série de estratégias para angariar os 172 votos necessários para que a denúncia
não siga adiante. Três bancadas da Câmara em especial estão aproveitando este
momento delicado do presidente para reforçar suas demandas no governo federal.
As bancadas são conhecidas pela
sigla BBB: boi, da bala e bíblia. O apelido foi dado porque elas são compostas
por parlamentares ruralistas, líderes religiosos e ex-policiais, que defendem
temas ligados ao agronegócio, à segurança pública e à religião.
Como, 80% dos 213 deputados que
não declararam publicamente seu voto a respeito da acusação contra Temer fazem
parte dessas bancadas, o interesse de Temer em atender seus pedidos é grande.
No dia 11 deste mês, por exemplo,
o presidente sancionou a medida provisória que permite a legalização em massa
de áreas públicas invadidas, apelidada por ambientalistas de “MP da Grilagem”.
O governo também encaminhou neste mês um projeto de lei que altera os limites
da Floresta Nacional do Jamanxim e cria uma Área de Proteção Ambiental de mesmo
nome, no Pará. Na prática, ela aumenta a área que pode ser desmatada.
No mês passado, a bancada
evangélica conseguiu que o Ministério da Educação retirasse mais de 90 mil
livros didáticos de circulação por considerar seu conteúdo impróprio.
A bancada da bala, por sua vez,
quer uma resposta do governo quanto a uma demanda específica: a revogação do
Estatuto do Desarmamento.
Espera-se ainda que o
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresente pelo menos uma nova
acusação formal contra o presidente. Não é à toa que Temer está correndo atrás
de apoio político.
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