Depois de ler seu parecer pelo
aceitação da denúncia contra Temer, o deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ) foi
provocado por um colega de partido e em resposta disse que sua vontade era
partir para as vias de fato com o correligionário. A briga aconteceu porque o
deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) tão logo Zveiter se levantou da mesa
apertou sua mão e disse: "Você foi um bom promotor", provocou,
virando-se imediatamente de volta à mesa. Irritado, Zveiter deu dois tapões nas
costas de Perondi, e respondeu: "Eu só não te dou um soco agora, porque
você é um merda". Os brasileiros já sabem de que tipo de barro são
constituídos os deputados federais.
Zveiter alardeia que faixa preta
de jiu-jitsu. Mas é um velho. O triste é que tenha se prevalecido de sua
"condição atlética" sobre um companheiro de bancada que está em
tratamento de um câncer. Além disso, judoca de fato não usa essa condição para
ameaçar colegas. Depois dessa troca de "gentilezas", ainda na sala da
Comissão de Constituição e Justiça, onde a sessão ocorria, Zveiter foi até o
deputado Carlos Marun (PMDB-MS) relatar que quase tinha saído no braço com o
colega. O assunto ainda rendeu outra discussão acalorada com o deputado Mauro
Pereira, outro peemedebista gaúcho, como Perondi. Perguntado sobre o que tinha
ocorrido na sala da Comissão de Constituição e Justiça, após o incidente,
Zveiter confirmou e explicou por que não partiu para a agressão física com o
colega: "Disse a ele que não dispensaria a ele o tratamento dispensado aos
moleques que o acompanham". De fato, no fim de sua carreira política, tudo
que não faltava a Darcisio Perondi era se apresentar como um dos chefes da
"tropa de choque" de Michel Temer. É um melancólico fim de carreira
política.
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