PALAVRA VIVA

Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas; mas aquele que Glórias gloriam-se nisto: que ele entende e me conhece, que eu sou o Senhor que exerço bondade, justiça e retidão na terra, porque nestas coisas me agrado, diz o Senhor. (Jeremias" 9: 22-23).

O SIGNIFICADO DA VIDA

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

INVESTIMENTOS BRASILEIROS MIGRAM PARA O PARAGUAI.


CUSTOS MAIS BAIXOS DE PESSOAL, BUROCRACIA MAIS LEVE E IMPOSTOS LEVAM A RENDA E OS EMPREGOS PARA SEREM GERADOS NO PAÍS VIZINHO.

Enquanto o desemprego no Brasil cresce por dois anos seguidos devido aos problemas políticos e a má condução da economia que, só agora, passou a ser tratada com respeito aos bons preceitos econômicos, o Paraguai, que fez o seu dever de casa, recebe as indústrias brasileiras, que estão abrindo novas fábricas e criando milhares de novos empregos diretos num país que, até pouco tempo, não era atrativo. No entanto, com boas políticas públicas e, aproveitando a proximidade com o Brasil, está se tornando uma plataforma de produção barata e livre de burocracia para o abastecimento do mercado de consumo brasileiro.
É a estratégia inteligente de atrair investimentos e empregos ao abrir mão da cobrança de impostos e simplificar a instalação de empresas que tem dado certo naquele país. A denominada “lei da maquila”, que garante o pagamento de apenas 1% de tributo  para às companhias que abrirem fábricas no Paraguai e exportarem 100% da produção, está em vigor desde 1997, mas,  existem outras vantagens adicionais que incluem gastos menores com mão de obra e energia elétrica. O salto quantitativo deste programa, porém, se deu justo nos últimos três anos, quando a economia brasileira começou sua carreira de caranguejo.
O total de empregos gerado pelas “maquiladoras” ainda é pequeno, em comparação ao tamanho da economia brasileira, contudo,   o ritmo de migração de investimentos do Brasil para o Paraguai está em aceleração. Das 124 indústrias incluídas no programa de maquilas, 78 abriram as portas desde 2014. Dos 11,3 mil empregos gerados pelo programa, 6,7 mil são fruto dos investimentos dos últimos três anos. E existem mais projetos de expansão que devem gerar milhares de vagas em 2017.
A CHINA DA AMÉRICA DO SUL
A transformação do Paraguai numa “China da América do Sul” é um projeto do presidente Horacio Cartes, no poder há três anos. A prioridade de Cartes – que é um dos empresários paraguaios mais ricos – é gerar empregos para a mão de obra paraguaia. Mais de 70% da população de 6,8 milhões de habitantes tem menos de 30 anos e boa parte ainda atua na informalidade. A estratégia é elogiada pelo setor produtivo. Cartes, porém, enfrenta críticas por ter abandonado programas sociais, em especial no interior. Até enfrenta passeata com cartazes de “Fora Cartes”. Uma recente pesquisa põe o índice de popularidade do presidente em 23%, um dos mais baixos da América Latina. Além disto, o socialista Fernando Lugo, deposto em 2012, é um nome que ganha força para as eleições de 2018.
O discurso do governo paraguaio é que o programa de maquilas visa a construir uma parceria com o Brasil. “A ideia é que nós venhamos a substituir os produtos que as empresas brasileiras hoje trazem da China”, diz o ministro da Indústria e Comércio do país, Gustavo Leite. Muitas são as empresas brasileiras que estão usando o Paraguai para substituir importações chinesas. Uma delas é a Riachuelo. Ela viabilizou a Texcin, indústria montada pelo paraguaio Andrés Gwynn, que emprega 400 pessoas e produz 300 mil peças ao mês. Mas, o contrato de dez anos com a Riachuelo prevê que, dentro de um ano e meio, a produção seja elevada a 1 milhão de unidades. Com isto, os funcionários chegarão a 1,5 mil.
Gwynn conta que teve a ideia de atrair a Riachuelo ao Paraguai ao ver a foto do presidente da empresa, Flávio Rocha, em uma banca de revista no Aeroporto de Guarulhos. O empresário ligou para a secretária de Rocha e, após alguns dias de insistência, conseguiu uma reunião de cinco minutos para apresentar as vantagens do Paraguai. “Acabamos conversando o dia todo”, lembra Gwynn. As indústrias que enfrentam forte concorrência de produtos baratos vindos da Ásia – como materiais plásticos, brinquedos e confecções – estão entre as mais propensas a aproveitar as vantagens da lei das maquilas. Uma das pioneiras do movimento foi a X-Plast, que fechou a unidade no interior de São Paulo e se instalou há três anos em Ciudad del Este, a 4 km da fronteira com Foz do Iguaçu. As marcas brasileiras Bracol e Fujiwara, de sapatos para trabalhadores industriais, decidiram aproveitar as vantagens de custo do Paraguai em 2014. Elas são sócias de Andrés Gwynn na Marseg. A empresa chegou a ter 1,5 mil empregados. Com a crise no Brasil, que afetou em cheio a indústria, cortando mais de 30 mil empregos apenas em montadoras, a Marseg reduziu os funcionários para 800. Uma coisa é certa: o modelo de política de desenvolvimento industrial adotado pelo governo paraguaio deve servir de exemplo para medidas efetivas destinadas a recuperar a competitividade da indústria brasileira.
Fonte; O Estado de São Paulo/Ilustração: Fábio Campana

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