A presidente do Supremo Tribunal
Federal (STF), Cármen Lúcia, marcou o julgamento sobre a denúncia de peculato,
falsidade ideológica e uso de documento falso contra o presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL), para a próxima quinta 1º de dezembro. Caso a maioria
dos ministros decidam por aceitar a denúncia, Renan passa a ser réu no primeiro
de 12 inquéritos que tramitam no STF. A denúncia apresentada pela Procuradoria
Geral da República (PGR) há quase quatro anos se deve às despesas da filha de
um relacionamento extraconjugal com a jornalista Mônica Veloso, que teriam sido
pagas pela empreiteira Mendes Júnior, enrolada na Lava Jato.
De acordo com a PGR, Renan forjou
documentos para legalizar os recursos recebidos da empreiteira e, após a
revelação do escândalo em 2007, renunciou ao cargo de presidente do Senado. A
PGR pediu urgência na apreciação pelo STF devido a prescrição de parte dos
crimes e risco de que o mesmo ocorra com o restante dos malfeitos. Segundo a
PGR, há “indícios suficientes para o recebimento da denúncia” pela Corte.
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