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Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas; mas aquele que Glórias gloriam-se nisto: que ele entende e me conhece, que eu sou o Senhor que exerço bondade, justiça e retidão na terra, porque nestas coisas me agrado, diz o Senhor. (Jeremias" 9: 22-23).

O SIGNIFICADO DA VIDA

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Mercado da Fotografia passa por transformações

Veruska Oliveira Fotografia: Para se reinventar no mercado, a fotógrafa Veruska Oliveira incrementa seu portfólio de serviços.

Haroldo Costa: Fotógrafo Haroldo Costa (ao centro), é proprietário do Cine Foto Digital, em Grajaú. O profissional encontrou na capacitação a alternativa para manter-se no mercado.

A atividade está em plena expansão no Maranhão. Segundo dados do Data Sebrae, o número de empresas registradas no segmento cresceu 1.282% no estado entre 2009 e 2014.

No dia em que se comemora do Dia Mundial da Fotografia, nada mais justo, que falarmos daquele profissional que fica por trás das câmeras: o fotógrafo, um profissional que tem passado os últimos 177 anos se reinventado para acompanhar as mudanças tecnológicas e garantir a sua permanência no mercado.

Dentre os desafios da profissão está a necessidade de usar a tecnologia como uma aliada, tanto no que diz respeito a constante reciclagem para manuseio dos equipamentos de última geração, quanto saber lidar com a “febre” dos smartphones.

Nesse sentido, para se destacar como profissional da área, o desafio vai além do conhecimento de modernas técnicas e o uso de novos equipamentos. Existe outro lado e que diz respeito ás novas formas de produção e comercialização da imagem e de gestão de negócios na profissão.

Atentos para essa necessidade, cada vez mais profissionais tem buscado trabalhar a vertente empreendedora de sua profissão. Como é o exemplo de 322 profissionais, no Maranhão, registrados como Microempreendedor Individual (MEI), atuando no mercado com os mais diversos tipos de fotografias: publicitárias, de estúdio, festas infantis, fotos aéreas, submarinas, dentre outras.

EXPANSÃO.

Apesar das facilidades da fotografia digital e dos smartfones, a atividade de fotógrafo está em plena expansão. Segundo dados do portal DataSebrae, o número de empresas em todos os níveis registradas como sendo do segmento fotográfico cresceu 1.200% em relação á 2009, quando haviam apenas 23 empresas registradas no segmento.

Esse número é ainda mais impressionante quando se trata de MEI’s, onde as atividades fotográficas representam 0,37% dos 86.321 MEIs ativos no Maranhão e a atividade é considerada a 44ª que mais reúne microempreendedores individuais no estado.

Para o coordenador de soluções empresariais do Sebrae no Maranhão, Mauro Borralho, é importante registrar que o fotografo é um empreendedor por natureza, e neste sentido, cabe o entendimento da nova condição de empresário de si mesmo.
“Nesta dimensão empresarial, o profissional necessita adotar mecanismos de gestão que o possibilite atuar em conexão com as tendências do mercado, em melhoria continua buscando sempre Inovar com foco na qualidade e eficiência do serviço prestado, tendo por base um planejamento que contemple a sustentabilidade do negócio no longo prazo”, disse.

“O Sebrae, por meio de um portfólio de soluções educacionais, seja de forma presencial ou a distância, busca potencializar a capacidade empreendedora das pessoas na perspectiva de desenvolvimento de atividades profissionais enquanto negócios”, completou Borralho.

PROFISSIONAL.

Uma pequena amostragem desse universo de empreendedores que tem conseguido se reinventar e ser destaque no mercado é a fotógrafa profissional Veruska Oliveira, que em São Luís é uma das profissionais mais requisitadas, tendo como principal foco eventos empresarias, fotojornalismo e projetos culturais. Em sua carreira, ela procurou apresentar em seu portfólio de serviços, inovações para o mercado maranhense como fotolembranças, cabines fotográficas, totens fotográficos, Selfie na Kombi (uma cabine fotográfica móvel montada em um Kombi) e realização de projetos culturais ligados à fotografia.

Graduada em Pedagogia pela UEMA em 2003, e a fotografia na vida da profissional surgiu como um hobby, um meio de espairecer dos problemas que foram surgindo ao longo da vida. “Profissionalizando-me, aprendi a fotografar com os dois fotógrafos que considero mestres: Edgar Rocha e Meireles Júnior Em 2005, realizei meu primeiro trabalho como profissional”, contou Veruska.

Segundo Veruska, hoje o mercado da fotografia vive um momento delicado, mas bastante decisivo. Muitas pessoas fascinadas pelo aparente “glamour” da profissão e apaixonados por fotografia resolvem se tornar fotógrafos da noite para o dia.

“De início, isso desequilibra um pouco o mercado com práticas de valores muito abaixo do que praticado pelos profissionais de fotografia já consolidados no mercado. No entanto, muitos dos que se aventuram não veem seus negócios como empresas, não se preparam para estarem ausentes de momentos importantes com a família, não tem seriedade com arquivos e sigilos de clientes, não fazem levantamentos de custos operacionais a curto, médio e longo prazo, ou seja, não sabem o custo de um “click””, observou a profissional.

“O resultado desse despreparo é que muitos duram pouco tempo no mercado, não chegam a durar nem uma década, muitas vezes. Ou tem a fotografia apenas como um “extra”. Acabam não se consolidando no mercado”, pontou Veruska.

Para se manter no mercado, Veruska aponta algumas decisões que foram fundamentais para que pudesse incrementar o negócio, dentre elas, a formalização como micro empresa e a capacitação.

“Quando iniciei fotografava apenas eventos sociais e era fotógrafa freelancer. Em 2007 formalizei minha empresa para poder começar a trabalhar com o público corporativo. Fiz vários cursos de fotografia e participei de muitos congressos e festivais. Em 2012 passei três meses nos estados unidos estudando fotografia publicitária. Outro marco importante e até mais recente, foi a participação no Empretec, realizado pelo Sebrae, onde aproveitei para analisar minhas estratégias e metas, sendo que minha primeira decisão durante o Empretec foi acreditar mais no meu trabalho e não desistir com alguns nãos que ás vezes recebemos”, disse.

A fotógrafa relata ainda que a aprovação do projeto Impressão do Silêncio no edital da Cemar foi um resultado do Empretec. O projeto foi primeiramente idealizado em 2011, mas devido à dificuldade de encontrar patrocinadores para o mesmo ela acabou desistindo e buscando outras ideia. “O projeto Impressão do Silêncio saiu da gaveta e está sendo um grande sucesso por trazer oportunidade de inclusão para tantos jovens muitas vezes esquecidos”, complementou.

INTERIOR.

Em Grajaú, Haroldo Costa, 60 anos, dono do Cine Foto Digital, empresa com 41 anos de fundação e há 12 anos em Grajaú e com expansão prevista para a cidade de Balsa, é um exemplo de profissional que tem vivenciado esse momento de transição e reinvenção da profissão de fotógrafo.

Segundo ele, para permanecer no mercado, a primeira medida foi buscar capacitação.  “Meu primeiro desafio foi me atualizar no sistema digital. Tive que ir me adequando as mudanças no decorrer dos tempos, principalmente em relação a equipamentos. Busquei cursos nacionais e internacionais para que eu não ficasse no passado da fotografia”, relatou.

Haroldo enfatiza que a capacitação empreendedora foi outra grande contribuição e nesse sentido o Sebrae foi o grande parceiro. “Graças a Deus existe o Sebrae para nos capacitar e qualificar, não somente a nós, proprietários, mas também nossos colaboradores. Já participamos de inúmeros cursos, como: de microempreendedor, vendas, planejamento estratégico e atendimento”, complementou.

Hoje, a empresa de Haroldo possui seis funcionários e tem trabalhado de forma diferenciada na região. “ Buscamos fazer o possível e impossível dentro daquilo que o nosso cliente quer. Nosso cliente fica impressionado com a nosso trabalho e com o que conseguimos realizar para encanta-lo”, concluiu.

Para entender...

Como se tornar um MEI
O trabalhador conhecido como informal pode se tornar um microempreendedor individual legalizado e passar a ter CNPJ, o que facilitará a abertura de conta bancária, o pedido de empréstimos e a emissão de notas fiscais.

Para ser um microempreendedor individual, é necessário faturar hoje até R$ 60.000,00 por ano ou R$ 5.000,00 por mês, não ter participação em outra empresa como sócio ou titular e ter no máximo um empregado contratado que receba o salário-mínimo ou o piso da categoria.

O MEI será enquadrado no Simples Nacional e ficará isento dos tributos federais (Imposto de Renda, PIS, Cofins, IPI e CSLL). Ele tem direito aos benefícios previdenciários, como auxílio-maternidade, auxílio-doença, aposentadoria, entre outros.

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