Após a aprovação do relatório
favorável ao julgamento final da presidente afastada Dilma Rousseff pela
Comissão do Impeachment, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo
Lewandowski, se reuniu com os senadores para começar a definir as regras do julgamento
da petista. Lewandowski antecipou aos líderes dos partidos que permitirá seis
testemunhas de defesa e outras seis de acusação no julgamento final, que deverá
se iniciar no dia 25.
Nesta quarta-feira, senadores do
PT e o advogado de defesa de Dilma, José Eduardo Cardozo, foram ao STF pedir a
Lewandowski que aceitasse ao menos dez testemunhas para cada lado. Na reunião
desta quinta-feira com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que
contou com a presença de líderes e senadores, Lewandowski sinalizou que, se
todos os prazos forem cumpridos até o dia 25, quinta-feira, não terá motivo
para "procrastinar" o início do julgamento que deve durar cinco dias.
O presidente do STF apresentou
aos senadores o cronograma de como será
votação do parecer do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) aprovado na
manhã desta quinta-feira na comissão do impeachment e que será votado no
plenário do Senado no dia 9. Depois do encontro, foi lido no plenário do Senado
a decisão da comissão especial do impeachment, para agilizar a tramitação.
Assim, o parecer será votado dia 9.
O parecer encerra a segunda fase
do processo de impeachment contra a petista com o chamado "juízo de
pronúncia", que é o momento em que se conclui que há provas para levar
adiante a ação pelo impedimento de Dilma e promover o julgamento final. Pelo
cronograma de Lewandowski, que é o presidente do processo a partir desta fase,
os trabalhos da próxima terça-feira se iniciarão às 9 horas.
A sessão deverá durar de 15 a 20
horas, com suspensões a cada quatro horas. O rito será muito parecido com o
ocorrido no dia 12 de maio, quando o Plenário do Senado aprovou a
admissibilidade do processo de impeachment enviado pela Câmara. "Decidimos
de forma unânime o roteiro com 24 pontos", disse o presidente do STF, ao
deixar a reunião com os senadores.
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