A base de Temer começa indicar
incômodo com a falta de clareza sobre qual ajuste fiscal será, de fato, feito.
Reclamam que o deficit de R$ 170 bilhões, seguido de reajustes e benesses a
Estados, virou cheque especial para o governo gastar mais. Além do recente
recuo no envio da reforma da Previdência, que acendeu uma luz amarela em
congressistas, o governo já trata como sonho quase inatingível a aprovação do
teto para as despesas públicas antes das eleições municipais. As informações
são de Natuza Nery, na coluna Painel da Folha de S.Paulo. Diz mais a colunista:
A equipe econômica parece estar
consciente do perigo. Um importante integrante da área desabafou com senadores:
se as duas medidas — teto e previdência — não forem aprovadas ainda este ano, é
capaz de “ruir o teto do Planalto”. Para ele, isso faria com que Michel Temer
entrasse em 2017 politicamente fragilizado frente ao mercado financeiro e à
nata do PIB.
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