Apesar da construção de mais 10
postos de saúde nos bairros periféricos de Açailândia, a saúde vai de mal a
pior. Não custa lembrar que quantidade neste caso não é sinônimo de qualidade.
Alguns desses postos, tais como: Cikel/Centro, Ouro Verde, Jardim
América/Capeloza e Vila Bom Jardim já foram entregues à população e estão em
funcionamento, melhor, funcionando de forma precária, onde falta de tudo um
pouco, desde itens básicos utilizados em curativos até dipirona, medicamento
prescrito em larga escala em casos de febre, até boa vontade de alguns
servidores no atendimento às pessoas.
Os postos de saúde localizados
nos bairros, em tese, se funcionassem pelo menos de forma regular, como unidade
básica de saúde, com medicamentos e médicos todos os dias, ia amenizar a
situação em que se encontra o Hospital Municipal – SESP, devido os postos não
funcionarem como deveria, as pessoas saem dos bairros e procuram o Hospital
Municipal na esperança de serem atendidos mas a falta de médicos e
medicamentos, só agrava ainda mais a situação.
O Hospital Municipal – SESP, está
‘agonizando’, os profissionais bioquímicos lotados ali não tem ocupação, pois o
laboratório que funcionava ali há décadas, está desativado por decisão
política, enquanto isso quem precisa de um exame, é obrigado a fazer particular
e trazer o resultado para o médico que requisitou.
Não entendo por que tem que ser
assim, com tanto dinheiro que vem pra saúde, é o desabafo do Sr. Jeremias
Bastos, 54 anos morador do bairro Vila Ildemar, onde tem 2 postos de saúde e
mais 2 em construção. “Venho para cá, pois na vila sempre falam que não tem
médico e nem remédio, o jeito é vim pro Hospital, aqui é maior e podia atender
a gente que é pobre, estou muito triste, pensei que ia ser atendido, não fui,
segunda volto de novo”. Finalizou Jeremias.
De acordo com dados do Ministério
da Saúde, de Janeiro até 10 de Novembro de 2015, já foi repassado ao município
de Açailândia R$ 20.656.742,00 (vinte milhões, seiscentos cinquenta e seis mil,
setecentos quarenta e dois reais). http://www.fns.saude.gov.br/visao/consultarPagamento/pesquisaSimplificadaEntidade.jsf Mesmo com todos esses repasses ao município, não houve avanços na saúde esse
ano. Os problemas enfrentados pela população há anos está cada vez pior.
No plantão, um médico faz
malabarismo para atender, urgência, emergência e ainda os acidentados trazidos
pelo SAMU. As pessoas lotam o corredor aguardando a vez por um atendimento que
muitas vezes não acontece.
As ambulâncias lotadas no
Hospital Municipal – SESP, que transportavam diariamente pacientes encaminhados
ao Socorrão em Imperatriz, estão paradas por falta de manutenção, enquanto isso
esses pacientes são transportados de forma inadequada para Imperatriz em
veículos que antes serviam as unidades básicas nos bairros. Das 3 ambulâncias
do SAMU, só uma está funcionando de forma precária. Alguns funcionários da
secretaria afirmaram que a saúde nunca esteve em situação tão complicada, onde
falta quase tudo, porém pediram para omitir seus nomes com ‘receio de
retaliação’.
Até a conclusão desta matéria,
tentamos contato com a secretaria de saúde
www.acailandia.ma.gov.br/secretaria/saude/1, pra falar sobre a situação, não
conseguimos nenhum retorno.
Nilo Lima
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