Desde a tarde desta segunda-feira
(5), povos indígenas Krenyê, Gamela, Kreepynm, Gavião e quilombolas ocupam a
Coordenação Regional da Funai em Imperatriz (MA).
A ação compõe o quadro de
atividades da "Articulação Nacional" contra a PEC 215, que denuncia o
desmonte de direitos indígenas, quilombolas e unidades de conservação e ainda,
decisões do Supremo Tribunal Federal que anularam as portarias declaratórias de
terras indígenas, dentre elas a revisão dos limites da terra indígenas
Porquinhos, dos Kanela Apanyekrá.
Entre as reivindicações,
destaca-se a luta pelo reconhecimento étnico e territorial. Um grande impasse é
a realidade enfrentada pelo povo Krenyê, que foi retirado de seu território de
origem na primeira metade do século XX devido a conflitos com criadores de gado
e uma epidemia de sarampo. Em razão disso, durante cinco anos viveram na
periferia da cidade de Barra do Corda (MA) de forma precária, sem assistência
dos órgãos públicos responsáveis em atender os povos indígenas e, enfrentando
preconceito e discriminação.
Em 2010 os Krenyê adquiriam uma
chácara com recursos próprios, onde constituíram a Aldeinha São Francisco e
vivem à espera da demarcação de sua terra, enfrentando ainda uma série de
dificuldades no que diz respeito ao atendimento à saúde, educação e outros.
A ocupação deve seguir pelos
próximos dias e além dos povos indígenas e quilombolas, tem articulação do
Conselho Indigenista Missionário (Cimi), da Comissão Pastoral da Terra (CPT),
Rede Justiça nos Trilhos, Cáritas, Moquibom, Miqcb, Dioceses de Viana e
Imperatriz, Teia dos Povos e Comunidades Tradicionais do Maranhão, com o apoio
da Associação dos Catadores de Material Reciclável (Ascamari) e do Movimento
das Comunidades Produtoras (MCP).
Mariana Castro.
Rede Justiça nos Trilhos
Assessoria de Comunicação
Rede Justiça nos Trilhos
Acesse: www.justicanostrilhos.org
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