Comerciantes e lojistas estão fazendo de tudo para conseguir moedas – alguns dão brindes e descontos aos clientes que facilitam o troco.
Os apelos em busca do dinheiro miúdo chegaram até mesmo às igrejas, flanelinhas e ambulantes. Está muito difícil conseguir moedas e notas de baixo valor nos bancos. Mas não é só o comércio que sofre com a falta de troco.
Algumas lotéricas, que funcionam como correspondentes bancários da Caixa, já pedem aos clientes compreensão sobre a falta de troco e apelam para que eles paguem com cartão.
A situação compromete também os pagamentos de benefícios sociais, como o Bolsa Família.
As causas para o sumiço do troco na rede bancária são os cortes sucessivos no orçamento do Banco Central, que já está 28% menor do que no ano passado.
Sem recursos, a instituição foi obrigada a reduzir as encomendas de moedas para menos de um terço dos pedidos feitos no ano passado.
Em cédulas, foram solicitadas menos da metade das unidades de 2013, segundo o contrato firmado entre o BC e a Casa da Moeda, responsável pela fabricação de dinheiro no país.
No ano passado, a Casa da Moeda produziu 3,15 bilhões de cédulas e 2,3 bilhões de moedas de todos os valores para o BC. Neste ano, a previsão é fabricar 1,2 bilhão de cédulas e somente 945 milhões de moedas.
Essas são as quantidades previstas em contrato para todo o ano, mas, passados nove meses, a fabricação está muito abaixo da previsão e o orçamento destinado para esse fim já foi praticamente todo gasto. De janeiro a setembro, a Casa da Moeda produziu 654 milhões de cédulas e 286 milhões de moeda.
Até o momento, porém, não há evidências de que essa produção menor tenha se refletido em diminuição da base monetária – o dinheiro em circulação. Uma hipótese para isso é que, para economizar, o BC tenha, por exemplo, mandado imprimir uma nota de 100 reais no lugar de cinco de 20 reais ou de 50 de 2 reais.
O orçamento aprovado para o Departamento de Meio Circulante foi de 208,1 milhões de reais em 2014, incluindo a produção de moedas comemorativas (Copa do Mundo, por exemplo).
Em 2013, o orçamento para a fabricação de dinheiro foi 500% maior: 1,261 bilhão de reais. Foram efetivamente gastos no ano passado 1,234 bilhão contra apenas 205,6 milhões neste ano.
O BC admite que a contenção de gastos atrasa a reposição das notas desgastadas e danificadas pelo uso por novas cédulas. “O BC vem buscando aumentar o prazo de circulação das notas, sem contudo descuidar-se de recolher aquelas com elevado nível de desgaste”, disse, em nota.
Em média, a vida útil das cédulas de pequeno valor, que circulam mais, é de pouco mais de um ano. As novas notas, da segunda família do real, receberam uma camada de verniz para aumentar a vida útil.
Fonte: Veja (Com Estadão Conteúdo)
Fonte: Veja (Com Estadão Conteúdo)
COMENTÁRIO
Perceberam, pela foto acima, que não tem a moeda de 1 centavo? Pois é, o governo e o Banco Central a aboliram. Não a fabricam mais.
Então – quem pode me explicar – que os preços não são todos arredondados em 00 ou 05 centavos?
Se a moeda não existe mais, é roubo institucionalizado, patrocinado pelo governo e comandado pelo varejo.
Imaginem quantos milhões ganham os supermercados, os grandes magazins, os postos de gasolina e outros, sem ter que daro troco de 1, 2, 3 4 4 centavos!
E os postos ainda usam uma terceira casa no decimal, o que vale também para as cotações do dólar.
Não existem 3 casas depois da vírgula. É roubo, também!
E com os cortes no orçamento do Banco Central corremos o risco de faltar dinheiro, em papel, no nosso país! É um absurdo, dona Dilma!
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